quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O DIA QUE FUGÍ DO PRONTO SOCORRO.

Eu devia ter uns 19 anos,quando apareceu na minha coxa,próximo as nádegas um furúnculo que começou a me incomodar.No início,fui ao médico tomei antibióticos e não melhorava,inclusive depois de alguns dias,foi transformando-se num "antráz",ou seja,um furúnculo principal com diversos  olhinhos de pús brotando ao seu redor.Como a dor não passava,depois de muitas papas de fubá,farinha de mandioca,resolvi retornar ao hospital para resolver o problema.Lá chegando,para meu azar era troca de plantão,eu tinha sido acomodado numa salinha, super-tenso.O médico examinou e mandou chamar uma enfermeira para dar-lhe a incumbência de abrir o furúnculo e extrair o pús.Eu suando frio,ela demorando. Quando a porta abriu entrou uma senhora morena,bem forte,falando alto,reclamando que estava trabalhando após seu horário,pois não tinha chegado a outra turma do plantão para rendê-la.O Doutor orientou-a e ela mandou eu arriar as calças e deitar de bruços na cama,deu uma olhada e soltou um "Huummmm".O médico foi embora  e perguntei-lhe o que seria realizado e se não teria  anestesia local.Ela grosseiramente disse que não,pelo motivo de estar inflamado não pegaria "ôrra" nenhuma. Quando ela estava saindo para pegar os instrumentos esterilizados,entrou uma auxiliar de enfermagem com um vidro de éter e algodão para esterilizar o local.Eu quis saber o que a enfermeira tinha ido buscar,e fui informado que bisturí,linha para sutura e mais algodão para limpar o pús extraído,etc....Não pensei duas vezes,abri a porta,saí correndo pela salão onde outros pacientes  aguardavam consulta,numa das mãos carregava a capanga com documentos e na outra segurava a calça prá não cair.Fiquei com esse sofrimento "furúncal" por mais de uma semana.Depois o furúnculo principal estourou e os antibióticos acabaram com meu sofrimento.